EMPARN
STPM JOTA MARIA - MOSSORÓ-RN. 16 DE JULHO DE 2017
RN AQUI
domingo, 16 de julho de 2017
PEDRO AVELINO
O município de Pedro Avelino está situado na microrregião de Angicos na mesorregião Central Potiguar
EMPARN
A Empresa de Pesquisa Agropecuária do
Rio Grande do Norte S/A – EMPARN, com sede e foro na cidade de Natal, Estado do
Rio Grande do Norte, é uma Empresa Pública vinculada à Secretaria de
Agricultura, da Pecuária e da Pesca – SAPE, dotada de personalidade jurídica de
direito privado, com patrimônio próprio
e autonomia administrativa e
financeira, regendo-se pela Lei estadual nº 4.855, de 11 de setembro de 1979,
pela Lei Federal nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, por seus estatutos,
aprovado pelo Decreto Estadual nº 7.866, de 7 de abril de 1980, e demais normas
de direito aplicáveis,subsidiariamente, pelos princípios consignados no decreto
federal nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. É constituída de uma sociedade
entre o Estado do Rio Grande do Norte e o Governo Federal, através da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, que participam com 51% e 49% do
seu Capital Social, respectivamente, conforme Decreto Estadual nº 7.741, de 9
de novembro de 1979, e teve suas atividades iniciadas no ano de 1980.
A EMPARN sucedeu, no campo da
pesquisa agropecuária estadual, as atividades desenvolvidas originalmente por
duas instituições: a primeira, vinculada à Embrapa, denominava-se Unidade de
Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual de Caicó – UEPAE Caicó, e estava no
âmbito da região semi-árida do Rio Grande do Norte, e a segunda, denominava-se
Projeto Camarão, vinculada ao Governo do Estado, e atuava com pesquisas
relacionadas com a carcinocultura.
O marco fundamental para a criação da
EMPARN foi a própria criação da Embrapa, através da Lei Federal n° 5.851, de 7
de dezembro de 1972. Para dotar o Ministério da Agricultura de instrumentos
básicos de caráter executivo, objetivando desenvolver as atividades de pesquisa
agropecuária em âmbito nacional, em apoio e complementação àquelas a cargo da
Embrapa, a Lei Federal nº 6.126, de 6 de novembro de 1974, define as
instituições de pesquisas, criadas pelos governos estaduais, como sendo
componentes primordiais de um modelo de pesquisa de abrangência nacional, que
passaria a ser liderado pela Embrapa sob a denominação de Sistema Cooperativo
de Pesquisa Agropecuária – SCPA . Com base nisto, a Embrapa passou a in
centivar a criação de Organizações
Estaduais de Pesquisa Agropecuária – OEPAS, que, no caso da EMPARN, se
concretizou por intermédio de uma política que privilegiou o apoio material,
organizacional, financeiro e humano, colocando à sua disposição toda a sua
equipe técnica e de apoio lotadas no Estado do Rio Grande do Norte, além de
seus laboratórios e campos experimentais, ao qual se juntaram os recursos
material e humano existentes na base física do Projeto Camarão.
Assim, a EMPARN nasce do desejo dos
governos federal e estadual de dotar o Estado do Rio Grande do Norte de uma
estrutura estadual de pesquisa agropecuária, com o apoio da Embrapa, a cuja
agenda de pesquisa passou a vincular-se, tomando-lhe emprestado, inclusive, o
seu modelo conceitual de
pesquisa, denominado Modelo Circular
de Pesquisa, cujo foco era o produtor rural, ao definir que os problemas de
pesquisa nascem antes da porteira da fazenda, e as respectivas soluções
tecnológicas, produzidas nas instituições de P&D competentes, devem ser
aplicadas na própria fazenda
A década de 1980, época em que foram
iniciadas as ações de pesquisa da EMPARN, foi marcada pela abundância de
recursos do tesouro nacional e a facilidade de captar recursos externos, via
Embrapa, além de não haver pressões sociais organizadas que exigissem eficácia
dos serviços públicos (Souza & Silva, 1992). Este ambiente influenciou a
formatação de modelos de pesquisa centrados na oferta de tecnologia, com grande
desvinculação da complexidade real dos segmentos, que formam o agronegócio. Os
projetos de pesquisa abordavam um problema particular, muitas vezes reduzido a
um experimento, refletindo sobremaneira uma visão monodisciplinar, relacionada
apenas a área de conhecimento do titular do projeto (Flores & Silva, 1992)
AS MUDANÇAS NO AMBIENTE EXTERNO E INTERNO
Não obstante a EMPARN tivesse sua
agenda de trabalho reduzida a uma quantidade não significativa de projetos de
pesquisa, além de escassas ações em projetos de desenvolvimento rural, os
recursos necessários para implementá-los eram assegurados tanto pela
Embrapa,diretamente ou através de convênio internacionais, como, em menor
escala, pelo Governo do Estado. No entanto,
dois acontecimentos
determinaram mudanças radicais nesse cenário, nos fins dos anos 1980: a) o
primeiro diz respeito a crise fiscal que se instalou definitivamente no Estado
Brasileiro, reduzindo significativamente a capacidade de financiamento das
atividades de competência do poder público. O reflexo imediato foi a suspensão
dos repasses dos recursos financeiros do Governo do Estado à EMPARN, para
pagamento dos seus encargos trabalhistas junto ao Governo Federal; e, b) o segundo está relacionado à
democratização do País, que foi acompanhado do surgimento de novas e
importantes demandas sociais e de mudanças da Constituição Federal, que
redefiniram os papéis das três esferas de poder – federal, estadual e
municipal. Uma das conseqüências desse processo foi o condicionamento dos
repasses dos recursos financeiros federais às demais esferas de poder, a
adimplência dos seus débitos junto àquela esfera. Assim, constata-se que os
principais elementos constitutivos do modelo do Estado
Desenvolvimentista, conforme
conceituado por Fiori (1995)– centralização do poder e capacidade de
financiamento do desenvolvimento por parte do Estado –, deixaram de existir. Os
acontecimentos acima trouxeram para a EMPARN conseqüências desastrosas no
início da década de 1990. Diminuídos os recursos financeiros das fontes tradicionais,
impedida de ter acesso a novas
fontes de recursos federais, em decorrência
da inadimplência de encargos sociais com o Governo Federal, encontrando o
Governo do Estado se m capacidade de repassar-lhe novos recursos, além dos
relacionados estritamente com a folha de pagamento líquida
do seu pessoal, e impossibilitada de
aumentar os recursos financeiros próprios, provenientes da comercialização da
produção de suas bases físicas e da venda de seus serviços, que demandavam
novos investimentos para tanto, a EMPARN viu-se obrigada a reduzir radicalmente
as suas ações de P&D, passando a viver, até o ano de 1995, em estágio de
quase letargia. Naquele momento, passou a receber inúmeras pressões oriundas da
própria estrutura do Governo do Estado, no sentido de extingui-la ou fundi-la
com outros órgãos estaduais com área de atuação complementar, como forma de reduzir
as despesas de manutenção dos órgãos púbicos estaduais e promover o equilíbrio
orçamentário do Estado
Paradoxalmente, embora, nesse
período, a Embrapa passasse a se distanciar da EMPARN e demais OEPAS, seja pela
redução no repasse de recursos financeiros, seja pela quase eliminação de suporte
conceitual e metodológico, foi necessária a sua interveniência, para que o
Governo do Estado mantivesse intacta a estrutura da EMPARN
A partir do ano de 1995, afastada
temporariamente da ameaça de extinção, foi possível a Empresa gestionar junto
ao Governo do Estado, objetivando refinanciar as suas dívidas junto aos órgãos
do Governo Federal, referentes aos encargos trabalhistas, habilitando-a, porvia
de conseqüência, a obter recursos para P&D junto aos órgãos financiadorespertencentes
a esfera federal. Além das condições para o refinanciamento das dívidas já estarem
estabelecidas – como prazos longos e adequados às condições de pagamento do
Governo do Estado –, ficava claro que a negociação possibilitaria à Empresa ter
acesso a novos recursos
bem superiores aos encargos da
dívida.
Por outro lado, a esta altura, outros
órgãos componentes da estrutura pública estadual, cujas ações eram voltadas para
o setor agropecuário, não tiveram a mesma sorte. Extinções e reduções de
ações foi a tônica predominante, modelando
a estrutura pública estadual, no sentido de reduzir sensivelmente as ações do
Estado na área agrícola.
O mapeamento das instituições
passíveis de financiar as atividades da EMPARN, mormente daquelas pertencentes
à estrutura pública federal, identificou uma variável gama de oportunidades,
não mais
restrita, historicamente, apenas à Embrapa,
que se limitava, quase que exclusivamente, a prover recursos para as ações de
pesquisa. As instituições financiadoras passaram a dar maior prioridade as
ações de desenvolvimento rural e de sua variante de profissionalização rural. Como
exemplo dessas fontes de recurs
os, podem ser citados: a Secretaria
de Desenvolvimento Rural – SDR, do Ministério da Agricultura; a Fundação Banco
do Brasil – FBB; o Banco do Nordeste –BN;o Programa Nacional de Agricultura Familiar
– PRONAF; o Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE; e o Sistema
Nacional de Emprego – SINE.
Em toda a década de 1990, principalmente,
na sua primeira metade, ocorreram importantes mudanças no ambiente institucional
da EMPARN, que passaram a interferir inexoravelmente nos rumos da instituição.
Entre elas, podem ser destacadas:
a) A Globalização da economia. Este
novo estágio de intercâmbio comercial entre as nações, alcançando níveis
efetivamente mundiais, apresenta novas possibilidades de interação econômica
entre países e regiões, ensejando maior competição em todos os
níveis de mercado e, em contrapartida,
viabilizando a inserção de setores produtivos não tradicionais no mercado mundial.
Para o Rio Grande do Norte, as produções de frutas tropicais e de camarão são
exemplos típicos dessas possibilidades.
b) Desenvolvimento sustentável. As
pressões originárias do meio
científico por um desenvolvimento econômico,
que privilegie a sustentabilidade social e ambiental, ganham contornos universais,
que passa a fazer parte da agenda política, induzindo os governantes a repensar
as bases de desenvolvimento econômico prevalecente, baseado no modelo
produtivista. Para o segmento
de P&D agropecuário, este
movimento representa a necessidade de abandonar o paradigma da Revolução Verde
e estabelecer um novo paradigma baseado nos princípios da conservação ambiental
e do desenvolvimento local sustentado.
c) As reformas na estrutura governamental
do estado do Rio Grande do Norte geraram alguns vazios institucionais no setor
público agrícola, em decorrência da extinção de alguns órgãos ou redução na
esfera de atuação de outros.
d) O novo modelo
cooperativo–competitivo, desenhado pela Embrapa, para fazer face aos novos
desafios da dinâmica do ambiente, se mostra, a médio prazo, inadequado às
OEPAS,não só porque as mudanças conceituais e estruturais empreendidas por
aquela empresa demandaram muito tempo para serem implementadas, como, também,
porque as propostas de parceria não valorizaram adequadamente os papéis dessas
instituições. Na prática, a mudança do SCPA para Sistema Nacional de Pesquisa
Agropecuária – SNPA, não redundou em melhoria no relacionamento entre as OEPAS
e a Embrapa. O papel de liderança da Embrapa, no modelo anterior,se sustentava
porque a ela cabia,
em última instância, aprovar parcelas
significativas da agenda de pesquisa das OEPAS e liberar os recursos
financeiros federais para operacionalizá-las. Como esses recursos escassearam,
a Embrapa passou a priorizar os seus próprios projetos de pesquisa.
e) O Conselho Nacional dos Sistemas
Estaduais de Pesquisa Agropecuária – CONSEPA surge em resposta ao desequilíbrio
provocado pelo SNPA, e visa, como órgão político, a congregar os legítimos
interesses das OEPAS, à identificação de fontes de financiamento e a obtenção
de recursos financeiros para viabilizar as ações de P&D dessas
instituições.
f) O acesso a novas fontes de
recursos, por parte da EMPARN, acrescido de um ingresso relevante de técnicos com
pós-graduação, reuniu as condições necessárias e suficientes, para, nos anos seguintes,
reorientar suas ações, de forma a atender novas demandas de pesquisa e as de
desenvolvimento e de
profissionalização do setor produtivo
rural estadual.
FONTE - INTERNENT
Assinar:
Postagens (Atom)
Quem sou eu

- JOTA MARIA
- DEUS E JESUS CRISTO SÃO MEUS GRANDES PROTETORES E TODOS OS MOMENTOS DE MINHA VIDA E NAS VIDAS DE MEUS FILHOS: JOATEMESHON, JULLYETTH E JÚNIOR; COMO TAMBÉM DE MINHA NETA JÚLIA E DE TODA A MINHA FAMÍLIA, AMIGOS E COMPANHEIROS DE TRABALHO
Arquivo do blog
EMPARNS
-
EMPARN DE APODIHá 8 anos
-
-
-
-
-
-